segunda-feira, 11 de abril de 2011

Grafite e seus espaços


Era o branco e o preto. Era o cinza do asfalto que cobria o caminho. Era o cinza que se via não importava para onde se olhasse. Era a cidade que se vestia sem cores para se camuflar. Veio então um colorido. Vermelho, azul e amarelo. Veio o roxo, o laranja e o verde. Vieram então tantas cores que nem se podia imaginar. Tantas formas, tantas letras, que era impossível vislumbrar. Mas também veio o homem, que chamou tudo aquilo de lixo. O homem que não quis viver o colorido. O homem que não entendia aquela euforia, que não acreditava que tudo aquilo poderia ser beleza, que todo aquele grafite poderia ser arte. Arte que estava ali para ele e todos aqueles que quisessem ver.


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